Mudanças entre as edições de "Cartilha Técnica de Instalação, Migração e Configuração do TEDE2"

De IBICT
Ir para: navegação, pesquisa
(Tabelas)
(Tabelas)
Linha 98: Linha 98:
 
! width=20% | Framework !! width=15% | Tipo !! width 40% | Finalidade !! width 15% | Página
 
! width=20% | Framework !! width=15% | Tipo !! width 40% | Finalidade !! width 15% | Página
 
|-
 
|-
|'''ChartJS''' || Javascript || Enriquecimento da funcionalidade de estatística do TEDE 2 || http://www.chartjs.org
+
|'''ChartJS''' || ''Javascript'' || Enriquecimento da funcionalidade de estatística do TEDE 2 || http://www.chartjs.org
 
|-
 
|-
|'''Foundation - Reveal''' || Javascript || Apresentação de janelas em forma de “Modal” || http://foundation.zurb.com
+
|'''Foundation - Reveal''' || ''Javascript'' || Apresentação de janelas em forma de “Modal” || http://foundation.zurb.com
 
|-
 
|-
|'''jQClouds''' || Javascript || API de suporte à apresentação de termos em forma de nuvem na página inicial || http://www.jquerycode.com/data/jqcloud/
+
|'''jQClouds''' || ''Javascript'' || API de suporte à apresentação de termos em forma de nuvem na página inicial || http://www.jquerycode.com/data/jqcloud/
 
|-
 
|-
 
|'''qtip''' || Javascript || Utilizada para apresentação de “dicas” de preenchimento de campos no formulário de submissão || http://craigsworks.com/projects/qtip/
 
|'''qtip''' || Javascript || Utilizada para apresentação de “dicas” de preenchimento de campos no formulário de submissão || http://craigsworks.com/projects/qtip/
Linha 110: Linha 110:
 
|}
 
|}
 
</center>
 
</center>
 +
 +
=== Matriz de rastreabilidade de funcionalidades ===
 +
A tabela abaixo relaciona funcionalidades customizadas ou criadas para o TEDE 2 com seus pontos de entrada no código fonte.
 +
 +
{| border=1
 +
 +
! width=30% | Funcionalidade !! width=40% | Ponto(s) de entrada
 +
|-
 +
|Estatísticas com gráficos || dspace/modules/jspui/src/main/webapp/displaystatistics.jsp
 +
dspace/modules/jspui/src/main/java/org/dspace/app/webui/serv
 +
let/DisplayStatisticsServlet.java
 +
|-
 +
|}

Edição das 09h19min de 24 de outubro de 2014

Índice

Introdução

A Biblioteca Digital Brasileira de Teses e Dissertações (BDTD) forma um ambiente cooperativo composto de três componentes, as BDTD locais (muitas implantadas com o sistema TEDE), o sistema coletador e a BDTD nacional (composta por um portal com busca consolidada). Assim, formam uma rede federada de bibliotecas digitais locais de teses e dissertações, que alimentam uma base nacional. Baseado nos Arquivos Abertos (Open Archieves), a BDTD coleta metadados provenientes das BDTD locais via protocolo OAI-PMH. Essa forma de execução constitui-se na interoperabilidade dos sistemas, juntamente com um conjunto mínimo de metadados e utilização de tecnologia XML. Nesse sentido, a BDTD nacional compõe-se de uma base de dados consolidada, em que se pode ofertar serviços, como a busca, por exemplo. Como a BDTD nacional possui uma base de dados, de registros provenientes das BDTDs locais, pode-se ofertar serviços consolidados. Nesse ponto, as BDTD locais são sistemas informatizados em que ocorre a entrada da informação. Esses sistemas podem ser implementados com várias tecnologias, mesmo que grande parte esteja desenvolvida em sistemas TEDE. A migração para a tecnologia DSpace é o alvo do presente manual.

DSpace

O DSpace é uma iniciativa surgida no Instituto Tecnológico de massachussets (MIT), em conjunto com a Hewlett-Packard (HP), em resposta à emergente necessidade de mudanças na comunicação científica (CELESTE; BRANSCHOFSKY, 2002). A primeira instalação do DSpace foi disponibilizada no inverno de 2002, pela biblioteca do MIT, e teve como propósito, inicialmente, compartilhar a produção acadêmica entre os pares. Somente após estar totalmente estável foi disponibilizada para outras instituições. Para Bauduin e Branschofsky (2004), o DSpace, no MIT, transcende ser puramente um aplicativo, tornando-se um projeto, serviço e software. Essa visão multifacetada do DSpace, que pode ser ampliada a todas as implementações do DSpace, refere-se à relação entre grupos diferentes de usuários do sistema, o que amplia sua definição. Assim, o DSpace possui significados diferentes dependendo dos usuários ou da área de atuação. Como projeto, o DSpace iniciou-se no MIT aliado à HP. Hoje, no entanto, é mantido pelo DuraSpace com apoio de uma comunidade mundial, num projeto que, direta ou indiretamente, envolve muitos profissionais de vários países. Trata-se de uma comunidade que testa novas facilidades, verifica erros, corrige o mau funcionamento, desenvolve facilidades e traduz o aplicativo para diversas línguas, entre outras tarefas. No que concerne ao serviço, o DSpace gerencia e preserva objetos digitais fornecendo facilidades de recuperação. Nesse caso, cada instância do DSpace é um serviço de informação que disponibiliza aos seus usuários documentos digitais de forma facilitada, formando assim uma grande rede de serviços de informação. Enfim, como software, é produto de um projeto, um aplicativo de computador que implementa um repositório. Baseado na filosofia livre, fornece facilidade para os arquivos abertos, possui open source, além de orientar para o acesso aberto. Entretanto, disponibilizar ou não os metadados para Harvesting (arquivos abertos), bem como o acesso livre ao conteúdo são opções das instituições mantenedoras dos repositórios, e não obrigação das mesmas.

O DSpace, como software, evoluiu desde suas primeiras versões, conforme a necessidade da comunidade, implementando novas facilidades, melhorando as ferramentas de gerenciamento e de busca. A indexação de texto completo da versão 1.3, a possibilidade de uso de vocabulários controlados da versão 1.4 e interface XMLUI da versão 1.5 são exemplos dessa evolução.

Organização DSpace

O DSpace foi desenvolvido com base na comunicação científica, seu projeto foi embasado na disseminação de literatura científica em formato, principalmente, de artigos que foram publicados anteriormente em periódicos. Por essa razão, sua organização está intimamente ligada a sua origem acadêmica. Assim, alguns conceitos orientadores dos repositórios remetem à comunicação científica.

A comunicação científica é o processo que envolve todas as etapas relacionadas à produção, disseminação e uso do conhecimento científico. Para Ziman (1984) é a principal instituição social da ciência, pois valida o conhecimento e o reconhece como científico. complementando, Costa (1999, 2008) e Björk (2005), em seus modelos de comunicação científica, propõem a utilização de repositórios como facilitadores do acesso à literatura científica.

O DSpace, em praticamente todos os aspectos, tem suas facilidades baseadas em práticas da comunidade usuária desse software. como a grande maioria dos repositórios instalados com DSpace estão vinculados a universidades, Registry of Open Access Repositories (ROAR), o DSpace incorpora procedimentos semelhantes aos processos acadêmicos em vários aspectos relacionados à disseminação de conhecimento. Atualmente, a comunidade usuária do DSpace tem contribuído para a evolução desse software, não apenas enviando sugestões ou relatando o mau funcionamento de alguns recursos, mas atuando diretamente no desenvolvimento de ferramentas que estão em consonância com as diretrizes do DSpace, podendo ser incorporadas a novas versões. A evolução do software cria, na maioria dos casos, novas facilidades, melhorando sua utilização. Em outros casos, disponibiliza novas configurações, estendendo as possibilidades de adequá-lo a novos contextos. Independentemente das mudanças, a evolução apresenta-se como um fator benéfico, pois mantém o software em constante adaptação às necessidades da comunidade usuária. Como um software altamente configurável, o DSpace possui várias opções que lhe permitem ajustar-se às diversas necessidades de uma instituição. Entretanto, essas opções baseiam-se em conceitos que orientaram o desenvolvimento de um repositório. Muitos dos conceitos do DSpace são descritos de forma prática a seguir, e apresentados nos contextos relacionados ao funcionamento do software. Aborda-se também diversos tópicos relacionados à operacionalização do DSpace, o que auxilia o entendimento do software e das opções disponíveis para a implementação de repositórios.

XMLUI x JSPUI

Talvez a maior alteração estrutural efetuada no DSpace tenha ocorrido na versão 1.5, que se manteve na versão 1.6, foi a possibilidade de utilizar duas interfaces web, a JSPUI (Java Server Pages User Interface) e a XMLUI (eXtented Mark Language User Interface). Essa arquitetura de sistema permite que se escolha a interface web entre duas tecnologias distintas, com as vantagens e desvantagens de cada uma.


Infraestrutura.png


Uma das decisões do administrador ou da equipe responsável pelo repositório é exatamente decidir qual das interfaces o repositório irá utilizar. Assim, é mister apresentar as duas interfaces neste manual. Havendo somente um banco de dados e um conjunto de programas, independentemente da interface escolhida, o sistema operará plenamente. O JSPUI mantém a mesma tecnologia das versões antigas e serve para manter a compatibilidade com elas, facilitando a migração para a tecnologia XMLUI, ou apenas para aqueles que preferem essa tecnologia. Baseada em páginas JSP (páginas HTML mescladas com programação Java), para alguns técnicos é mais fácil de manipular. Entretanto, representa uma tecnologia mais antiga. O XMLUI, por sua vez, é inovador. Baseado na tecnologia XML, que ganha cada vez mais espaço na internet, separa a camada de negócio da apresentação. Essa estrutura apresenta-se mais segura, porém mais complexa. Sua interface é alterada exclusivamente com o uso de folhas de estilos e programas conversores (XSL), exigindo assim profissionais que possuam conhecimentos específicos de desenho de sistemas web com XML. Opcionalmente pode-se implementar o repositório com a interface JSPUI até que a equipe técnica sinta-se confortável para migrar para a interface XMLUI. Essa estratégia não interfere nas operações efetuadas no repositório, mas exige maior controle por parte dos profissionais envolvidos, principalmente no que se refere à apresentação. Os dados são os mesmos, independentemente da interface, mas tudo o que se relacionar à apresentação é particular a cada interface.

TEDE

O TEDE (Sistema Eletrônico de Teses e Dissertações) é um projeto voltado para o armazenamento de teses e dissertações produzidas por alunos de instituições de ensino superior e institutos de pesquisa. A distribuição desse sistema, dá-se de maneira aberta (software livre) e é orquestrada pelo IBICT (Instituto Brasileiro de Informação Ciência e Tecnologia). Atualmente, o TEDE é um sistema desenvolvido pelo IBICT, o qual já está em execução desde 2002 em instituições de ensino. A última atualização do TEDE foi feita em 2006. Com o passar do tempo, notou-se que a solução atual não está totalmente aderente às necessidades das instituições e do próprio IBICT. Visando a evolução do sistema, o IBICT decidiu adotar a plataforma DSpace, munida de customizações, para compor a nova versão, denominada TEDE 2. O projeto TEDE 2 tem seu sistema baseado no Software DSpace e possui customizações específicas (configurações, modificações de layout e itens de desenvolvimento) para o contexto de teses e dissertações. Muitas dessas customizações apresentam-se úteis não só para essa tipologia restrita, mas para a comunidade geral de usuários do DSpace. Para tanto, definiu se que as novas funcionalidades seriam organizadas em grupos que dariam origem a plugins e poderiam ser disponibilizados para o livre download.

TEDE2

O novo TEDE é baseado no software DSpace, na sua interface JSPUI, e possui customizações que também objetivam o correto armazenamento de informações relativas à Teses e Dissertações, assim como a garantia de disponibilização de informações para a coleta da BDTD, que por sua vez atua como software unificador das instância do TEDE instaladas nas instituições de ensino. De acordo com o site “OpenDoar2” o TEDE, na versão antiga, representa cerca de 4.8% dos repositórios nacionais, ao passo que o DSpace ocupa 75% das instalações. Isso significa que os referidos 4,8% do TEDE, se juntarão aos 75% do DSpace:


Utilização repositorios.jpg

Objetivos

O objetivo do presente manual é apresentar a migração de teses e dissertações, em seus textos integrais e seus metadados, do sistema TEDE para sistemas desenvolvidos com DSpace, como sistema TEDE2, baseado em DSpace. Para tanto, apresenta os procedimentos necessários para exportar as teses e dissertações no sistema TEDE e a importação desses documentos no sistema TEDE2.

Público Alvo

O presente trabalho foi elaborado para orientar os profissionais de informática no processo de migração das teses e dissertações, do sistema TEDE para o sistema DSpace. Assim, prioritariamente, a terminologia está adequada a esses profissionais. Entretanto, como os procedimentos relacionados aos repositórios são de responsabilidade do administrador, procura-se abarcar questões de administração dos repositórios. Dessa forma, torna-se um documento para informáticos, que pode ser útil aos administradores do repositório.

Requisitos

Para a execução dos procedimentos constantes no presente manual requer-se acesso ao servidor de instalação do TEDE e da instalação do sistema TEDE2, assim como, acesso com privilégio de administrador nos dois sistemas.

Para o TEDE, requer-se acesso aos diretórios de instalação, com permissão para sobrescrever programas e copiar arquivos, além do acesso para executar tarefas de administrador na interface do sistema.

Para o TEDE2, requer-se acesso aos diretórios do TEDE2 para copiar os arquivos exportados e execução de procedimentos de importação em lote, da mesma forma, que requer-se acesso de administrador para criação da coleção para importação na interface do sistema.

Dessa forma, requerem-se tanto os acessos via interface dos sistemas quanto no servidor via linha de comando. Portanto, esse procedimento deve ser efetuado por um profissional de informática, juntamente, com o administrador do sistema TEDE e administrador do sistema desenvolvido com DSpace, TEDE2.

Ferramentas utilizadas

GitHub

Trello

IDE's

PostgreSQL

Instalação

Instalação DSpace

Instalação TEDE

Migração TEDE/DSpace

Plugins

Layout

Tabelas

Frameworks adicionados ao DSpace

Framework Tipo Finalidade Página
ChartJS Javascript Enriquecimento da funcionalidade de estatística do TEDE 2 http://www.chartjs.org
Foundation - Reveal Javascript Apresentação de janelas em forma de “Modal” http://foundation.zurb.com
jQClouds Javascript API de suporte à apresentação de termos em forma de nuvem na página inicial http://www.jquerycode.com/data/jqcloud/
qtip Javascript Utilizada para apresentação de “dicas” de preenchimento de campos no formulário de submissão http://craigsworks.com/projects/qtip/
Apache velocity Java API que viabiliza utilização de templates para geração de arquivos. Utilizada nas funcionalidades que envolvem exportação da citação http://velocity.apache.org/

Matriz de rastreabilidade de funcionalidades

A tabela abaixo relaciona funcionalidades customizadas ou criadas para o TEDE 2 com seus pontos de entrada no código fonte.

Funcionalidade Ponto(s) de entrada
Estatísticas com gráficos dspace/modules/jspui/src/main/webapp/displaystatistics.jsp

dspace/modules/jspui/src/main/java/org/dspace/app/webui/serv let/DisplayStatisticsServlet.java