Mudanças entre as edições de "DSpace"

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(Comunidades, Coleções e Itens)
(Organização do DSpace)
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e das opções disponíveis para a implementação de repositórios.  
 
e das opções disponíveis para a implementação de repositórios.  
  
=== Comunidades, Coleções e Itens ===
 
  
A estrutura informacional do DSpace, pelo qual o acervo do repositório é disponibilizado, é hierárquico, composto por comunidades, coleções e Itens. Essa estrutura não
 
apenas permite a organização de acervo, mas também, facilita a recuperação dos objetos
 
digitais depositados. Assim, fornecendo uma estrutura que, apesar de rígida, é muito própria
 
para manter os objetos digitais de forma fácil de construir e manter.
 
 
==== Comunidades e subcomunidades ====
 
As '''comunidades''' e '''subcomunidades''' são estruturas informacionais que representam a organização do repositório. As comunidades são as estruturas de mais alto nível e podem conter vários níveis de subcomunidades. Assim, representam apenas a estrutura,
 
não contendo objetos digitais diretamente.
 
 
==== Coleções ====
 
Os documentos são agrupados nas '''coleções''', e
 
as comunidades, por sua vez, agrupam subcomunidades e coleções.
 
Nesse contexto, as comunidades e subcomunidades podem representar temas ou
 
estruturas organizacionais. Por exemplo, em um repositório institucional de uma universidade, organizado pela estrutura organizacional, as comunidades podem representar as
 
faculdades e institutos, enquanto as subcomunidades representam os departamentos. Por
 
outro lado, se organizado por tema, as comunidades poderiam representar os grandes
 
temas, enquanto as subcomunidade refinariam esses temas em subtemas.
 
Não  havendo  limites  para  os  níveis  de  subcomunidades,  pode-se  refinar  os
 
tópicos em árvores que organizem o repositório. Nesse caso, a raiz é a comunidade e
 
os troncos e galhos as subcomunidades. É possível criar quantas comunidades forem
 
necessárias para representar a abrangência do acervo, e em cada comunidade pode-se
 
criar tantas subcomunidades, em vários níveis, quantas forem necessárias para refinar
 
essa comunidade.
 
 
==== Administradores ====
 
Para facilitar a administração do repositório, pode-se criar '''administradores''' para
 
as comunidades ou subcomunidades. Esses administradores gerenciam vários aspectos
 
das comunidades e subcomunidades, dividindo assim a responsabilidade e facilitando o
 
gerenciamento de repositórios muito grandes. Essa facilidade é opcional mas muito útil,
 
dependendo da organização do repositório.
 
As coleções são estruturas que servem, preferencialmente, para agrupar documentos com alguma característica comum. Toda coleção deve pertencer a uma comunidade
 
ou subcomunidade, pois enquanto as comunidades organizam o repositório, as coleções
 
organizam os documentos do acervo. As coleções também podem ter administradores. Esses usuários, com permissões
 
especiais, podem controlar aspectos da coleção e itens que estão contidos nela. Dessa
 
forma, pode-se distribuir as responsabilidades em diversos níveis, se for preciso. Os administradores das coleções podem controlar os acessos aos itens, por exemplo, se houver
 
algum tipo de restrição de acesso.
 
 
==== Tipo, ou formato de arquivo ====
 
É comum que as coleções sejam por '''tipo de arquivo''' ou '''formato'''. Assim, coleções
 
de artigos de periódicos ou capítulos de livros são exemplos de coleções organizadas por
 
tipo de arquivo. Já a coleções de vídeo ou áudio, por sua vez, se aplica a organização por
 
formato de arquivo. Não é aconselhável ter coleções que indicam assunto, pois possivelmente iriam se misturar tipos e formatos de arquivos. As comunidades ou subcomunidades
 
são mais apropriadas para representar assuntos.
 
 
==== Item ====
 
 
Um '''Item''', por sua vez, é um conjunto de descrições e objetos digitais. Pode-se
 
dizer que é a unidade informacional do DSpace. consiste de vários campos descritivos
 
aliados aos objetos digitais, que unidos formam uma unidade. Os Itens são depositados
 
nas  coleções,  que  por  sua  vez,  estão  contidas  nas  comunidades  e  subscomunidades,
 
formando a estrutura do DSpace.
 
Um Item, necessariamente, possui mais que um objeto digital.
 
 
==== Licença ====
 
 
No DSpace, ao depositar um documento, é preciso que se aceite uma '''licença'''. Nesse caso, o arquivo textual
 
da licença é guardado juntamente com o documento depositado. Esse conjunto de objetos
 
digitais, mais o objeto digital, é denominado de '''bundle'''. Isso garante que o documento
 
depositado permaneça intimamente relacionado à licença concedida.
 
 
==== Esquema de metadados ====
 
 
A descrição do Item depende dos campos selecionados. O '''esquema de metadados'''
 
padrão do DSpace é o Dublin Core, mas o DSpace permite que se escolha outro esquema,
 
desde que sejam feitas todas as definições. Esses campos servem para descrever os objetos digitais a serem depositados, portando, pode ser definidos conforme a necessidade
 
de descrição.
 
 
==== Fluxo de submissão ====
 
 
O '''fluxo de submissão''' é o processo pelo qual um objeto digital é depositado, percorrendo todas as etapas necessárias dede o início da submissão até que o item esteja
 
disponível para acesso. No DSpace, o fluxo de submissão foi influenciado pelos princípios
 
da comunicação científica, que consiste no processo de avaliação dos registros antes da
 
publicação.  Esse  processo  consiste  das  etapas  de  catalogação,  avaliação  e  revisão  de
 
metadados. O fluxo de submissão é importante por controlar os Itens que farão parte do
 
acervo do repositório.
 
O fluxo de submissão é ajustado conforme as necessidades da coleção. Dessa forma,
 
não existe apenas uma possibilidade de implementação desse fluxo. Ele é composto de três
 
etapas distintas e que podem ser coordenadas. Das três, apenas a etapa de catalogação é
 
obrigatória. As etapas de avaliação e revisão de metadados são opcionais e podem ou não
 
constituir o fluxo de submissão das coleções.
 
Pode-se escolher o fluxo de submissão adequado a cada comunidade. Por exemplo,
 
para um fluxo que consiste apenas da etapa de catalogação, seria adequado a coleções
 
que não necessitem de avaliação nem revisão de metadados. Assim, bastaria catalogar
 
um Item para que esse possa ser acessado pelos usuários, sem passar por outras etapas.
 
Esse fluxo é recomendado para coleções as quais os depositantes tenham domínio sobre
 
os descritores e os itens não necessitem de avaliação.
 
Para coleções que necessitam de avaliação de pertinência, por exemplo, pode-se
 
escolher um fluxo de submissão que tenha as etapas de catalogação e avaliação. Nesse
 
caso, na etapa de avaliação verifica-se se o item está condizente com a coleção, podendo
 
o mesmo ser aceito ou rejeitado. Assim, o Item só estará disponível para acesso depois de
 
passar pela etapa de avaliação.
 
Em algumas coleções é necessário que se tenha apenas duas etapas, a de catalogação e a de revisão de metadados. Os metadados são importantes para a recuperação de objetos digitais, principalmente os não textuais. Por isso, muitas vezes é necessário que se
 
revise os descritores para melhorá-los de forma a facilitar a recuperação. Em outros casos,
 
isso serviria para ajustar a terminologia, pois alguns repositórios requerem uniformidade
 
de discurso.
 
 
==== Etapas do fluxo de submissão ====
 
 
O '''fluxo de submissão''' composto pelas três '''etapas''' é o mais adequado para as coleções
 
que necessitam de maior controle sobre os itens. Esse fluxo de submissão, consistindo das
 
três etapas, impõe que um Item, para constar no acervo, tenha que ser avaliado e ter revisado
 
os seus metadados. Nesse caso, passa pelo processo de avaliação, com possibilidade de
 
rejeição e revisão das informações preenchidas no processo de catalogação.
 
 
As etapas que compõe o fluxo de submissão devem ser executadas por usuários
 
com perfis diferenciados, sendo que apenas a catalogação pode ter um grupo de usuários
 
mais amplo. Entretanto, a avaliação e revisão de metadados devem ser executadas por
 
usuários com conhecimento específico para a realização dessas tarefas.
 
 
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===== Catalogação =====
 
 
A catalogação consiste na etapa pela qual se descreve e carrega o objeto digital
 
no repositório. Essa etapa possui cinco passos. Inicia respondendo as questões iniciais,
 
passando pelo preenchimento do formulário de entrada, carga do objeto digital, aceite da
 
licença e, finalmente, visualização de todos os passos. Ao término desses passos, o item
 
estará pendente se o fluxo consistir de mais passos. caso contrário, estará disponível para
 
acesso.
 
 
Quando executada pelo próprio autor recebe o nome de autoarquivamento. Isso facilita, no que concerne aos direitos autorais, o aceite da licença. Entretanto, na maioria dos casos, a catalogação é feita por terceiros que possuem direitos de depósito.
 
Independentemente do usuário que execute a catalogação, iniciando o fluxo de submissão,
 
o fato de um documento estar depositado no repositório não significa, necessariamente,
 
que o mesmo está disponível. O acesso aos documentos depende das políticas de acesso
 
e dos direitos de disseminação do repositório.
 
 
===== Avaliação =====
 
 
A avaliação consiste em verificar se o item catalogado está compatível com a coleção.
 
Nesse caso, há apenas duas opções: aceitar ou rejeitar. Ao ser aceito, o Item passa para
 
a próxima etapa do fluxo; se não houver a etapa de revisão de metadados, o item estará
 
disponível para acesso. caso haja a rejeição, é necessário justificar. Então, um e-mail
 
automático com a justificativa é enviado ao autor.
 
 
===== Revisão de metadados =====
 
 
A revisão de metadados não tem a capacidade de rejeitar um item, faz apenas ajustar
 
ou corrigir as informações fornecidas durante o processo de catalogação. Essa etapa tem
 
grande influência na recuperação de um Item, principalmente de objetos não textuais, que
 
necessitam dos metadados para o processo de busca. Objetos digitais textuais podem ter
 
o texto completo indexado para facilitar a recuperação.
 
 
=== Usuários e grupos ===
 
  
 
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Edição das 12h16min de 11 de setembro de 2013

Índice

Começando

Esta iniciativa, de criação de uma 'Wiki' para disseminação de conteúdo sobre DSpace, não é original. O próprio comitê de desenvolvimento do software tem sua versão, bastante completa e em inglês: https://wiki.duraspace.org/display/DSPACE/Home. Ainda assim, algumas instituições criaram suas respectivas "DSpaceWikis":

- O Massachusetts Institute of Technology - MIT criou a http://libraries.mit.edu/dspace-mit/

- BIREME / OPAS / OMS criaram a http://wiki.bireme.org/pt/index.php/DSpace-GT

O objetivo desta 'Wiki' é, então, criar uma nova fonte de compartilhamento de informação sobre DSpace, mas no idioma português, com vias de acesso à documentação para configurações avançadas do software.

Temos também nossa página no Facebook: caption

Perguntas frequentes

Organização do DSpace

O DSpace foi desenvolvido com base na comunicação científica, seu projeto foi embasado na disseminação de literatura científica em formato, principalmente, de artigos que foram publicados anteriormente em periódicos. Por essa razão, sua organização está intimamente ligada a sua origem acadêmica. Assim, alguns conceitos orientadores dos repositórios remetem à comunicação científica. A comunicação científica é o processo que envolve todas as etapas relacionadas à produção, disseminação e uso do conhecimento científico. Para Ziman (1984) é a principal instituição social da ciência, pois valida o conhecimento e o reconhece como científico. complementando, Costa (1999, 2008) e Björk (2005), em seus modelos de comunicação científica, propõem a utilização de repositórios como facilitadores do acesso à literatura científica. O DSpace, em praticamente todos os aspectos, tem suas facilidades baseadas em práticas da comunidade usuária desse software. como a grande maioria dos repositórios instalados com DSpace estão vinculados a universidades, Registry of Open Access Repositories (ROAR), o DSpace incorpora procedimentos semelhantes aos processos acadêmicos em vários aspectos relacionados à disseminação de conhecimento. Atualmente, a comunidade usuária do DSpace tem contribuído para a evolução desse software, não apenas enviando sugestões ou relatando o mau funcionamento de alguns recursos, mas atuando diretamente no desenvolvimento de ferramentas que estão em consonância com as diretrizes do DSpace, podendo ser incorporadas a novas versões. A evolução do software cria, na maioria dos casos, novas facilidades, melhorando sua utilização. Em outros casos, disponibiliza novas configurações, estendendo as possibilidades de adequa-lo a novos contextos. Independentemente das mudanças, a evolução apresenta-se como um fator benéfico, pois mantém o software em constante adaptação às necessidades da comunidade usuária. como um software altamente configurável, o DSpace possui várias opções que lhe permitem ajustar-se às diversas necessidades de uma instituição. Entretanto, essas opções baseiam-se em conceitos que orientaram o desenvolvimento de um repositório. muitos dos conceitos do DSpace são descritos de forma prática nesse capítulo, e apresentados nos contextos relacionados ao funcionamento do software. O capítulo aborda também diversos tópicos relacionados à operacionalização do DSpce, auxiliando no entendimento do software e das opções disponíveis para a implementação de repositórios.


Infraestrutura.png

Referências

BJÖRK, B. C. A lifecycle model of the scientific communication process. Learned Publishing. v. 18, n. 3, p. 165-176. 2005. Scientific communication life-cycle model. 2005. Disponível em: < http://oacs.shh.fi/publications/Model35explanation2.pdf >. Acesso em 20 mar. 2010.

COSTA, S. M. S. The impact of computer usage on scholarly communication amongst academic social scientists. 1999. 302 p. Tese (Doutorado em Ciência da informação) - Loughborough University, Department of Information Science, Loughborough, Inglaterra.

ZIMAN, J. M. An Introduction of science studies: The Philosophical and Social Aspects of Science and Technology. Cambridge: Cambridge University Press, 1984.

Instalação do DSpace 3.x

Upgrade de versões

Configurações básicas pós instalação

Configurações avançadas

Administração

Manutenção